O MATERIALISMO DEIXOU DE EXISTIR POR FALTA DE MATÉRIA

21/04/2012 02:47

“(...) Não, nada é vazio; o que te parece vazio está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e instrumentos”.

(Livro dos Espíritos, capítulo II Sobre os Elementos Gerais do Universo)

 

A primeira questão é que a matéria, como nós a percebemos e como a sentimos, é constituída de átomos, compostos, por sua vez, por prótons, nêutrons e a eletrosfera ou a nuvem de elétrons. Então, toda a matéria tem, por assim dizer, na sua superfície, uma quantidade de elétrons, que são partículas de carga negativa.

 

Quando aproximamos dois corpos materiais, na verdade, estamos juntando camadas de elétrons, isto é o mesmo que aproximar imãs da mesma polaridade, o que provoca uma repulsão, porque a atração, como sabemos, só é possível se houver polos contrários.

 

No caso da matéria, a sua camada superficial é formada por elétrons, o que implica em repulsão e é esta que dá a impressão tátil. O que nós sentimos, ao pegar um objeto, é a repulsão dos elétrons.

 

Se fosse possível tocar a matéria, conforme se imagina no senso-comum, então, essa camada de elétrons entraria em outra, de modo a produzir uma verdadeira fusão atômica. E isso daria uma grande explosão! Assim, um aperto de mão, um abraço, seria uma explosão que poderia, talvez, destruir o mundo. Daí concluir-se que a matéria é impalpável. Outro fato interessante também é o seguinte: Para que um objeto possa ser visto, há a necessidade de que ele esteja iluminado, desse modo, o que enxergamos não é o objeto, mas a luz refletida nele. Então a matéria é invisível, e também intangível.

 

Coisa curiosa, porque normalmente o materialista acredita na matéria com consistência concreta, mas, na realidade, ela não o é. Outro aspecto importante: é possível tocar-se uma pessoa, abraçá-la, beijá-la, e não se sentir nada. Ao mesmo tempo, há a possibilidade de existir uma pessoa distante, que pode ser evocada, por uma lembrança, um cheiro, um objeto qualquer, e a gente se emocionar. De uma forma poética, podemos dizer que o que toca é o Espírito, a alma: a matéria não, ela apenas intermedeia a relação entre as pessoas e entre as pessoas e os objetos. Outro exemplo é o átomo. A maior parte dele é vazia. Quer dizer, a essência da matéria é constituída de vácuo. E vácuo significa ausência absoluta de matéria.

 

Einstein (1879-1955), através de cálculos matemáticos já havia presumido que, no vácuo do átomo, teríamos uma energia denominada por ele de “energia flutuante quântica do vácuo”. Posteriormente, Paul Dirac (1902-1984), ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1933, trabalhou essa questão do vácuo atômico, afirmando que existe um “mar de partículas” subjacente a ele.

 

Como entender esse “mar de partículas”? Elas vibrariam numa velocidade infinita, tornando-se, então, invisíveis, como acontece com as pás de um ventilador ou as hélices de um avião, que oscilam muito rápido, e por isso não se consegue enxergá-las. Assim, as partículas com vibração muito rápida tornam-se invisíveis aos sensores da nossa Ciência, que não tem tecnologia para detectá-las.

 

Temos, então, um “mar invisível”. O que acontece? Quando uma partícula se choca com outra, vinda desse universo subjacente ao vácuo, ela perde um tanto da sua velocidade, que fica semelhante à da luz e aparece no vácuo. Isto, no entanto, é momentâneo, porque novamente ela decai para o mar de partículas. É como se fosse uma pedra que se atira para cima,vai até um certo ponto e, depois, volta. Na verdade, “a energia flutuante quântica do vácuo” é representada por partículas de matéria ou de antimatéria de velocidade, presumivelmente, superior à da luz, que poderiam, eventualmente, aparecer no vácuo atômico, aos nossos sensores, voltando, depois, a cair no mar de partículas. Dessa forma, o vazio, a ausência de matéria não existiria.

 

Curiosamente, na Universidade de São Paulo, no Instituto de Física, o Laboratório de Pesquisa de Hadrons (nome genérico para partículas pesadas como o próton) vem se baseando na ideia de que o vácuo, na verdade, é aonde existe a maior parte da estrutura da matéria e que subjacente a ele, existiria um universo de partículas que ainda não foi avistado. A respeito do trabalho dos cientistas há, no Brasil uma interessante obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Nos domínios da mediunidade", que traz muitas revelações científicas e explicam a questão da relação entre o mundo espiritual e o físico. Nesse livro, na sua introdução, o Espírito Protetor do médium, Emmanuel, afirma que os cientistas materialistas são também de Deus, porque, ao investigarem a estrutura da matéria, vão chegar à conclusão de que ela não existe e perderão o objeto de sua própria convicção. E não é isso o que está acontecendo, desde o advento da física quântica? Na verdade, o termo matéria precisa ser amplificado, porque ela não é somente esse tipo que nós conseguimos apalpar, mas é também o que entra na constituição desses universos paralelos ou planos espirituais, que seriam dotados de outros dos seus padrões, que vibram em outra frequência, em outra dimensão. Assim, em tese, nas diversas dimensões, ela não deixaria de ter consistência para os habitantes de cada uma delas. Desse modo, o plano espiritual não seria constituído por figuras virtuais ou “fantasmas etéreos”, mas por entidades de consistência física sólida, com grande expressão de cores, formas, sons, compostos por outros padrões de matéria desconhecidos ainda da nossa Ciência contemporânea, mas, já presumidos pelos estudos da física teórica ou da física- matemática.